quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Enquanto isso no lustre do castel

Enquanto isso no lustre do castelo...
Clarice pensava e pensava nos sonhos da vida,pensava em como atingi-los se havia sonhos que não dependiam dela, pensava sobre a incidência do outro em sua vida e como este outro ser, podia transformar a vida que não era dele.
Não Clarice não desejava mudanças, na realidade ela estava farta de mudar, até entendia que mudar era necessário, mas ter que se adaptar a vida estava lhe deixando insatisfeita com o mundo. Por vezes deseja que o mundo fosse só dela e daqueles que amava, os vivos e os que se foram, por vezes se pegava tendo pensamentos tão maquiavélicos que a religiosidade internalizada pelas tardes de chuva passada com avó rezando a fazia pedir desculpas a Deus.
Clarice era incapaz de odiar o outro, mesmo que este fosse a causador de sua atual dor, mas mudar de novo causa nela um sentimento diferente e estranho pelo lugar onde estava e pelo outro que agora mesmo sem querer admitir, mesmo sendo passageiramente ela odiava.
Não conseguia entender, conectar e nem se quer sabia se queria mesmo entender, só sabia que mudar de novo a deixa angustiada, triste, com raiva e cheia de sentimentos que lhe era tão comum, mas que neste momento não deseja sentir, porque sabia que significava que se importava e o que menos queria era se importar, o que menos queria era o desejo incontrolável de permanecer ali, queria profundamente odiar tudo aquilo e acreditar novamente que as mudanças trariam novos ventos.
Mas Clarice se via atada a todo este turbilhão de sentimentos, se via fincada naquele exato momento no tempo e quando se deparava com tudo isso a unica coisa que lhe cabia no coração era amor.

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