quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

SACO NA LUA

Essa grande inastisfação
Será que isso que me consome é normal
Ou ja virou doença da alma?
Me sinto tão pequena e tão grande
tenho tanto pra oferecer e nenhum lugar disposto a me aceitar
As vezes tenho raiva da vida
das pessoas
do mundo
Não me conformo com comodismo, com coisas estaticamnente iguais
E invariaveis
Isso me enoja, me enjoa .
Me sinto perdida em um turbilhão de vontades e desejos que lamentavelmente são adiados para o ano que vem, queria ver mar , sentir o mar, mas até isso me é negado.
Detesto fazer as coisas sem tesão e só faço isso todos os dias.
Ja nem sei mais o que me anima ou talvez saiba, mas o medo o meu cruel vilão me impede de assumir minhas certas incertezas.
To de saco na lua, talvez la seja mesmo o melhor lugar para acomodar o meu saco, assim terei inumeras vistas.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Caminhadas e Surpresas uma reflexão.

Por: Leandro Longo - Amigo de caminhada


A primeira vez que conscientemente rezei a oração do Pai Nosso, ensinada pelo mestre Jesus de Nazaré, o pão lá de casa, passou a ter o gosto amargo demais. Quando compreendi o que significa partir e repartir o pão, percebi que o sabor do fel se transformara em mel.
Ao descer uma das mais populares avenidas da nossa cidade, nesses dias finais de férias, me deparei com um adolescente. Não passava de 15 anos, olhar perdido e mãos estendidas a espera da sobra gananciosa do homem.
O lugar em que ele encontrava-se sentado é um tanto sugestivo. Naquele prédio se concentra a “riqueza” dos trabalhadores, onde pagamos mensalmente o sagrado dizimo ao “senhor” banqueiro.
Em poucos minutos ele me contou a sua história. Vivi pelas ruas e praças sobre a desconfiança de quem passa, saiu de casa por motivos que fere o gesto carinhoso do coração. Voltei para a casa dos meus pais, pensativo e chateado, por não poder fazer muito mais que por horas, saciar a sua fome.
Fico pensando nesse país que depois de V séculos de Evangelização ainda continua submerso na miséria e na pobreza. Uma revista trouxe o seguinte título ao citar as mazelas do mundo: “Onde está Deus”? Talvez seja essa a grande pergunta da sociedade moderna diante de tantos sofrimentos.
Ao longo dos anos o homem se comportou mais como “Satã” da Terra do que seu “Anjo Bom” e Terno Guardião. Destruiu, construiu arquiteturas que quase encosta no céu, secou nascentes e mais, expulsou pra fora da sociedade de consumo os “zeros econômicos desprezíveis” aquelas pessoas que não fazem girar a economia.
A Competição Humana, que busca freneticamente o Ter Mais colocou a Cooperação Fraterna em riscos nos tornando anêmicos e desumanizados. O que importa o Sem Teto, as milhares de crianças na rua, o rio Guaçu sendo invadido pelo comércio local, tudo é justificado pelo jogo de interesses de quem faz e pode.
Apesar de todas as irresponsabilidades humanas ainda nos perguntamos: Onde está Deus? A resposta nasce do gesto humano e caridoso de milhares de cristãos e pessoas de boa vontade, latentes e patentes. Deus está na luta diária do Gari, está nos lixões do mundo ao lado dos fracos e pequenos, está no coração que se abre a sua graça mais está na liberdade do homem em escolher a Vida ou a Morte.
No Natal celebramos a encarnação de Deus que penetrou em esse mundo para nunca mais deixá-lo. Essa verdade histórica deve ser vivida a cada dia. Um grande teólogo já bem dizia: “O coração humano tem saudades de Deus”. Por isso a Utopia nos leva na direção de uma humanidade mais sensível, cuidadosa, fraterna, espiritual e mestra da sabedoria.
O descanso eterno só acontecerá no colo de Deus, aqui nos resta a luta que dizima a Competitividade Humana e cria laços sólidos na Cooperação Fraterna. Tal atitude cessará o mal e o sonho do profeta de ver “lobos e vacas pastarem juntos” irá se concretizar.
No entardecer da vida dizem os místicos, seremos julgados pelo mínimo de amor que tivermos tido para com o próximo. Então poderemos ouvir as consoladoras palavras de Jesus: “Vinde benditos de meu Pai fazei festa, pois quando estive com fome me destes de comer, estive com sede e me destes de beber, eu era preso e me visitastes”.
Oxalá possamos nós reconhecer o Deus (Javé, Olorum, Jeová, Pai, Filho e Espírito Santo) não importa o nome, escondido nos pobres e desprezíveis para que nunca mais haja fome e morte, então poderemos ter a inaudita coragem de afirmamos que Deus está presente nos dias de hoje.